Aguarelas Finas, Le Corbusier | Maison La Roche, Paris

06 agosto 2011

Palavras de Cézanne | Obra de Andy Goldsworthy

«O aroma azul e amargo dos pinheiros ao sol deve conjugar-se com o cheiro verde dos prados e o hálito dos rochedos do longínquo mármore dos montes de Sainte-Victoire.
É preciso traduzir isto, mas só por cores, sem literatura. A arte, julgo eu, põe-nos num estado de graça, por meio do qual encontramos por toda a parte a emoção, como nas cores.
Um dia virá, em que uma simples cenoura, que um pintor viu com olhos de pintor, pode originar uma revolução.
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Uma paisagem (no século XIX, antes de Delacroix) era feita como que ordenada e composta a partir de fora. Não se sabia que a Natureza está mais no fundo do que à superfície. A superfície pode mudar-se, adornar-se, arranjar-se, mas as profundezas não se podem tocar assim tão facilmente.
As cores são a expressão dessas profundezas à superfície, crescem das raízes do mundo. (…)
A suavidade do nosso ambiente encontra-se com a suavidade do nosso espírito. As cores são o local de encontro do nosso intelecto com o universo.»