Aguarelas Finas, Le Corbusier | Maison La Roche, Paris

29 março 2016

O Solitário | Nietzsche


Odeio seguir alguém, como também conduzir.
Obedecer? Não! E governar, nunca!
Quem não se mete medo não consegue metê-lo a
ninguém,
Somente aquele que o inspira é capaz de comandar.
Já detesto comandar a mim mesmo!
Gosto, como os animais, das florestas e dos mares,
De me perder durante um tempo,
Permanecer a sonhar num recanto encantador,
E forçar-me a regressar de longe ao meu lar,
Atrair-me a mim próprio… de volta a mim.

in: Poema 33. O Solitário, de Friedrich Nietzsche, in: A Gaia Ciência, Martin Claret, 2013, p. 27.

17 março 2016

3 + 18 = 21 | Exposição

   

É com muito orgulho que apresento a minha Exposição na ESTG de Portalegre!
A criação de uma obra de arte a partir de uma linha de pensamento.
Uma linha que desenha paisagens, caminhos, viagens, sonhos…
Três (3) anos de viagens enquanto estudante, mais (+) dezoito (18) anos de viagens enquanto docente de ensino superior, igual (=) a vinte e um (21) anos de viagens, de estudos, leccionação, aprendizagem, partilha de conhecimento, aquisição de sabedoria.

in: 3 + 18 = 21, de Ana Paula Gaspar, ESTG de Portalegre, 14.Março - 14.Abril . 2016

04 março 2016

Musas Inspiradoras | Calíope



A minha musa seria Calíope, figura grega mítica e musa da poesia, ciência e eloquência, muitas vezes retratada com um papiro. Achei que seria interessante juntar esses dois elementos - o da figura da musa e o do papel como material onde o acto criativo se regista.

in: Calíope, de Daniela Krtsch

O que significa ter inspiração? De onde vem? Como a manter?
A inspiração tem sofrido várias nuances temporais, com uma constante: uma certa forma de linha directa com o divino. Para a história que nos importa contar e partindo da matriz grega, as musas de belas vozes parecem ter surgido no cenário em torno de Hesíodo. Era ele um jovem pastor quando algumas dessas figuras (em número incerto mas em inspiração certa, dirigida à música, dança e poesia) o instaram à criação. (…)
Para os mais distraídos, o mesmo é repetir a célebre máxima reclamada por diversos autores, de que 90% da inspiração é transpiração. Ou seja, que a inspiração não é, por regra fruto do acaso e de fortuitas epifanias, mas de trabalho contínuo, tempo, da capacidade de relacionar o conhecimento (outro nome para a memória) e da determinação em procurar caminhos inexplorados.

in: Musas Inspiradoras, de Emília Ferreira, Casa da Cerca, Almada, Fevereiro de 2016