Tenho os pés cansados de caminhar.
Tenho o coração a arder de tanto amar.
Tenho o tempo nas mãos, que me foge como a areia do deserto com o vento.
E é esta a solidão que carrego desde que nasci.
Não adianta fugir.
Também não tenho para onde ir.
Só me resta o Azul do céu, o Branco das nuvens e o cansaço desta turbulenta Vida na Terra.
in: Poema, de Ana Paula Gaspar, 11 de setembro de 2020
in: Tríptico, de Ana Paula Gaspar, Pintura em Acrílico sobre tela, 1996
in: Tríptico, de Ana Paula Gaspar, Pintura em Acrílico sobre tela, 1996