A água do rio continua a correr… O presente espaço é uma partilha de palavras e de imagens, desabafos e expressões com emoção e significado próprio…
04 junho 2016
Albert Camus | O Estrangeiro
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Mas, pensando bem, nada tinha a dizer. Devo reconhecer, aliás, que o interesse que se tem em ouvir as pessoas não dura muito tempo.
(…)
Não me arrependia muito do que tinha feito. (…) Gostaria de lhe poder explicar cordialmente, quase com afeição, que nunca me arrependia verdadeiramente de nada.
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Punha-me a escutar o coração. Não era capaz de imaginar que este barulho compassado, que me acompanhava há tanto tempo, podia um dia cessar. Nunca tive verdadeira imaginação.
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in: O Estrangeiro, de Albert Camus, Livros do Brasil, 2016, p. 71, 72 e 81.